Tuesday 20 November 2007

33

Olá,
Dia 22 (Quinta-Feira) espero completar mais um ciclo solar e partilhar o final do dia convosco.
Apareçam depois das 19:30h. Claro que pode ser antes mas vou estar a comprar sumos e afins... É melhor comerem qualquer coisa antes porque só estou a pensar em snacks, sem jantar. Como é habitual, o álcool não é nativo nesta casa. Mas claro que podem trazer o que quiserem.
O traje é toga romana, branca para os homens e carmim para as mulheres. Tragam roupa confortável porque podem que se sentar no chão (desculpem a honestidade brutal).
Prendas: algo que se possa trocar por camelos, por exemplo mulheres, é sempre bem vindo.

Beijinhos, abraços,
Carlos
PS - Que ninguém se atreva a dizer mal da música!!!

Por favor respondam só a mim. Não façam reply all.

33 - English version

Hi,

On the 22nd of November 1974 something beautiful happened. The United Nations General Assembly grants the Palestine Liberation Organization observer status. One year later, Juan Carlos is declared King of Spain following the death of Francisco Franco (special one for Angel).

Of course none of this matters. I was born on that day and this Thursday I’ll be reaching the mythical age of 33. This is a time for great deeds as Jesus Christ endured the ultimate sacrifice. Working at CIO, I feel closer to be crucified than ever.

You are welcome to join me at my place this Thursday, 22 November:

Keizersgracht, 488 (my name is on the door bell; please wait for Jeeves, the butler, to open the door)

To make things more interesting, the next paragraph is in Portuguese:
Apareçam depois das 19:30h. Claro que pode ser antes mas vou estar a comprar sumos e afins... É melhor comerem qualquer coisa antes porque só estou a pensar em snacks, sem jantar. Como é habitual, o álcool não é nativo nesta casa. Mas claro que podem trazer o que quiserem.


Regards,
Carlos Cruz
+31 (0) 6 533 62 715

Sunday 8 July 2007

Domingo...

Acordei tardíssimo depois de uma noite de festa com um ritmo alucinante. Recebi um sms a dizer "breakfast?" de um número desconhecido.

Pensei (na inocência de um Domingo com um sol radioso) que podia ser uma rapariga portuguesa que conheci cá (a parte do meu cérebro que se devia questionar porque razão uma mulher portuguesa ia enviar uma mensagem tão curta, sem detalhes e em inglês não estava a funcionar) e claro que respondi:
"Ok. Where? By the way I don't know who you are. Sorry, it's embarassing but I don't have your number."

Espera ansiosa pela resposta...

Afinal era um gajo a pensar que eu era um ex-colega da UPC (um black enorme) que teve o meu numero de telefone antes de entrar na UPC.

E assim começou o final do fim-de-semana...

Monday 7 May 2007

Zurique... again II

Esqueci-me de referir omeu horóscopo para hoje:

It's time to give your psyche a spiritual massage. Certain areas of your emotional life have knots and kinks that need working out now. Hey, while you're at it, a physical massage might be a good idea, too.

Massage?!?!?!?!?!?

Zurich... again

De volta a Zurique. Almoço com um colega na estação de comboios - HauptBanhof. Um self service fantástico, cheio de legumes e fruta apetitosa. Satisfeito com o almoço e com a conversa sobre Portugal, Zurique, Amsterdão, diferentes vidas e vivências quando... Escondo os olhos e sinto um aperto.

Pois, era a senhora. Novamente cruzamos olhares. Acho que ela não me reconheceu. Desta vez estávamos os dois vestidos. A roupa confirma as minhas suspeitas... sandálias vermelhas com aspecto de vinil (talvez S&M) e uma gabardine preta que aparentemente apenas escondia a sua pele.

Começo a suspeitar que ela apenas existe na minha imaginação...

Wednesday 25 April 2007

À descoberta de Zurique

Uf! Terceira semana em Zurique… Finalmente consegui passear pela cidade, descobrir um pouco a sua personalidade, vibração. A zona histórica parece é algo estranha para os padrões de um português. Parece antiga mas com umas plásticas em cima. É bonita mas perde alguma “autenticidade”, apesar de ser óbvio que ninguém quer viver no meio de ruínas.

O lago é enorme e com águas límpidas (aparentemente). É possível nadar se as camadas de gordura nativas no corpo forem suficientes para debelar a previsível hipotermia.

Acho que era capaz de viver algum tempo aqui. É calmo, pouco stress e paisagens fantásticas.

Esta vida de estadias em hoteis caros e frequentados por homens de negócios ávidos de algum contacto humano mais próximo que um aperto de mão no final de uma reunião numa sala cheia a cheirar a suor e a medo proporciona momentos inesquecíveis.
Ontem fui à piscina do hotel no final do dia. Sabe muito bem relaxar dentro de água e saborear o momento. Enquanto descia as escadas para a piscina, um aglomerado (movelho) de cabelos (cavelos) com uma cor berrante chamou a minha atenção, a qual forçou os olhos a identificar a origem de tal fenómeno. Obviamente era uma mulher. Meia idade (seja lá o que isso for... acho que depende de quem escreve) e bonita. E respondeu ao meu olhar com um sorriso discreto (podia ter sido uma ligeira cãimbra). Mas não! Enquanto me divertia a brincar com os rolos de espuma fui abordado pela pseudo sereia. Com um sotaque de leste (Rússia) e um inglês precário, tentou entabular uma conversação. As pergunats habituais sobre se fico muito tempo, de onde vim, o que faço... Na minha inocência (não muita porque quando a esmola é muita o pobre desconfia) perguntei onde ela vivia. “Em Zurique”, disse-me ela a mim (referência ao gato fedorento). Pois, uma mulher que vive em Zurique não vai à piscina do Marriott. Portanto fiquei com a certeza que ela era uma mulher de negócios (sem factura, suponho). Não lhe dei muita atenção e ela voltou para a sua chaise longue. Entretanto dois bigodistas indianos observaram todo o acontecimento e babavam-se a olhar para a senhora. Fui para o jacuzzi que entretanto estava a ser habitado pelos ditos indianos. A piscina foi ficando vazia e eventualmente até os indianos ficaram fartos de olhar e não comer; vestiram os robes e começaram a tirar fotografias.
Ok, os dois dirigem-se a mim (eu estava dentro do jacuzzi a borbulhar) e pedem para tirar uma fotografia. Tudo bem, eu estendo o braço para segurar a máquina e ele diz que quer tirar uma fotografia a mim dentro do jacuzzi!!!!!!!!!
“Whaaaaatttttt?????” respondi. “No, of course not!”. Eles pediram desculpa (o meu olhar perplexo/ameaçador deve ter ajudado) e eis que a sereia regressa ao palco.
Levanta-se e revela que apenas está a usar uma toalha (sim, só uma toalha e não era um toalhão!). Os bigodes dos indianos caíram tal como o meu queixo. Eles abandonam o local visivelmente perturbados e a senhora pergunta se eu me quero sentar junto a ela. Não resisti e sentei-me (como qualquer latino que se preze). Talvez seja o momento certo para revelar que os meus calções de banho são muito curtos e justos. E já referi que ela só tinha uma toalha a cobrir a sua nudez? Pois...
A conversa resvalou rapidamente para algo do género “Are you going to your room now?” ao que eu respondi “Yes, I’m having a shower with you!”. Claro que não foi isto que disse. Houve um desfazamento entre a minha vocalização e os meus cérebros auxiliares.
Apenas referi que ia jantar com colegas de trabalho. Ela aliciou-me com o nome de um bar onde iria estar. Felizmente não percebi o nome (assim fiquei livre de tentações). A água de piscina estava fria o que soube muito bem.

Tuesday 27 March 2007

Uma nota a menos... ou duas

Este domingo os telespectadores da RTP foram presenteados com 2 momentos "suis generis". O menos interessante, e porque às tristezas não dou relevo, foi a eleição de um déspota como o Grande Português justificada apenas pela característica lusa de fazer as coisas à sua maneira, e este sem dúvida que as fez. Mas o momento da noite foi a verdadeira acrobacia circense protagonizada por Odete Santos, defensora de Álvaro Cunhal. Ainda o programa estava frio, e já na sua impetuosa forma de falar, Odete causava estragos após um incisivo ter descolado do maxilar superior e aterrado no lábio inferior. Isto a princípio causou a ilusão de porventura ser uma amostra de saliva (que por si já era espectacular tal o tamanho e opacidade da gosma), e para aqueles que não visionaram toda a actuação ficando-se pelo pequeno excerto disponibilizado no youtube até compreendo que a dúvida tenha surgido. No entanto, quem como eu visionou por completo o espectáculo viu que era efectivamente um dente, que efectuou inauditas viagens entre o estômago e a boca, tal e qual sardinha regurgitada. Ficou então Odete sem o "Ré", o que não a impediu de já no final do programa fazer uma declaração correcta e assertiva relacionada com o menos interessante momento... http://www.youtube.com/watch?v=np2sjQruD9w